quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Regresso à escola


Se há coisa que tem ocupado as cabeças dos pais e mães esta semana, tem sido o regresso às aulas. Por aqui, a coisa não é diferente. Como criatura precavida que sou, tirei estes 3 últimos dias da semana de férias - é que, até parece que adivinhava.
Ora, eu tenho dois filhos. Um de seis anos que entrou este ano para o ensino básico, e outra de nove que passou para o quarto ano. As reuniões de pais, marcadas em cima do joelho, foram ambas ontem, a dele, marcada para as 10h50 só começou às 12h e pouco e quando saímos da mesma já passavam alguns minutos das 14h. A dela, atrasou-se uns meros minutos, e também levou menos tempo.

Ambos têm professoras novas. Ele por ser o primeiro ano; ela, porque por motivos de doença, a professora dos três últimos anos não está a dar aulas, embora continue lá pela escola. Já conhecia ambas as professoras de vista, pois morei durante muito tempo perto da escola e cruzava-me com elas no café local.

Gostei imenso do discurso de apresentação de ambas as professoras, e senti-me um pouco aliviada, principalmente pelo meu pequeno. Pareceu-me que a senhora tem aquela sensibilidade necessária para se conseguir ter tudo do meu pequeno - coisa que não aconteceu com a educadora do pré-escolar e tivemos um arranque bem complicado.

Felizmente a câmara da nossa cidade, oferece os materiais escolares aos miúdos: cadernos, cores, canetas, colas, lapises, borrachas, afia, livros de atividades, cartolinas, pastas, réguas, plasticina, enfim... há já um par de anos que no inicio do ano letivo trazemos um saco cheio de material, que ajuda e muito, no orçamento familiar.

Só que este ano, por culpa do Covid, esse material não nos foi entregue com antecedência como anteriormente, e apenas e só ontem. Ora, o que é que eu fiz o resto do dia? Sim, senhor. Etiquetar essa traquitana toda a dobrar, porque agora são dois (só penso naqueles pais que têm mais filhos 😖). Ah, e a miúda que precisava de um estojo com três compartimentos, só que não encontrei nenhum à venda e hoje achei que era boa ideia fazer um (ela adorou, já agora).

Forrar cadernos com papel plastificado ficou para hoje. Sim, podia só usar uma capa, mas esqueci-me de as comprar quando saí de casa, e depois, bem, não houve pachorra para voltar a fazê-lo. A tarde toda foi só para o estojo e forrar cadernos - que por aqui ainda os decoramos com recortes e desenhos.

Hoje foi o primeiro dia do mais novo. Ia entusiasmado e voltou super feliz. Foram apenas duas horitas e nem mochila levou hoje. Amanhã é que arranca a sério e vamos lá ver como corre. Ela está para lá de ansiosa e nem consegue adormecer. É uma ansiedade "boa", está feliz por voltar a ver os amigos, voltar a aprender. Sinto que o regresso às aulas chegou de rompante, com toda a informação ao mesmo tempo e que nem tive tempo de conversar com eles sobre a nova realidade do regresso à escola.

No entanto, estou tranquila. Concordo com a maior parte das medidas que a escola tomou para enfrentar este novo desafio. Temos que manter a calma, transmitir essa calma aos miúdos. Não podemos garantir que tudo vai correr bem, mas podemos ter esperança e acreditar que sim, não é? 

Escapadinha em Agosto

Comecei 2020 a passear com a minha família, e tínhamos planeado férias a quatro em Junho. Mas depois... COVID! O marido teve que fechar o estabelecimento durante umas semanas, já eu, acabei por tirar praticamente todas as minhas férias, porque pelo contrário, ainda tivemos mais trabalho. Assim que, após tudo isto, toda e qualquer esperança de férias foi à vida. No entanto após voltarem ao ativo, as coisas correram bem pelo trabalho dele e decidiram fechar dois dias em Agosto para descansarem um pouco também desta loucura, e esses dias foram a última sexta e sábado de Agosto, sendo que domingo, é o dia normal da folga. Já as minhas são ao fim de semana, por isso, depois do almoço na sexta, lá fomos nós, contentinhos, aproveitar uma escapadinha merecida. E em vez de ser a quatro, foi a cinco, levámos a mina mãe também. Desta vez escolhemos o Moinho da Asneira para ficar, ficámos logo encantados à chegada com a vista. O nosso apartamento A Casa Lagoa II fica mesmo em frente à Lagoa, e ainda com vista par ao rio. 


Conforme a noite foi caindo, a vista ficou mais encantadora com as luzes que percorrem o caminho da entrada até à receção. A noite estava bem fresca, mas soube bem aproveitar a varanda, enroladas, eu e a minha filha, a apreciar aquela calma, aquele silêncio, e a beber um chá. 


No dia seguinte - sábado - aproveitámos para explorar a propriedade, e disfrutar um pouco da piscina, mais os miúdos, porque havia um limite máximo de três pessoas na piscina de cada vez. Eu aproveitei para apanhar um banho de vit.D, e a vista para o rio Mira. 


A quinta, onde se situa o Moinho da Asneira, tem recantos maravilhosos, desde os jardins bem cuidados, à vista na parte mais alta onde se encontra a piscina, mas eu achei este passadiço, ou lá como se chama, super interessante. Fomos até lá ao fundo com os miúdos. Ela não reclamou muito, mas ele fartou-se de choramingar com medo assim que aquilo começou a abanar, poucos metros depois de entrarmos. A avó, que tem pânico da água não nos acompanhou. 


Pela tarde, saímos e fomos visitar a praia do Farol, onde já tínhamos estado no ano anterior. Bem que procuramos as pedras que também empilhamos e deixámos lá nessa primeira vez, mas não a descobrimos. Notei que estavam muitas mais, principalmente no local onde creio que deixámos a nossa. Este ano não o fizemos. Não estavam muitas disponíveis por perto, e o miúdo estava muito eléctrico, com medo fiquei eu que ele mandasse tudo aquilo abaixo. Fazer praia então, ficou mesmo fora de questão, imenso vento e muito frio, tiraram-nos logo essas ideias. 


No dia seguinte, a minha irmã, marido e filhos, pegaram nas motas e foram-nos encontrar em Milfontes para o almoço, mas antes disso, saímos cedo, subimos um bocadinho no mapa e ainda fomos visitar o Forte do Pessegueiro, onde ainda não tinhamos ido antes. Adorámos todos, mas mais uma vez, o vento gelado e forte estragou "a festa" e os miúdos depressa quiseram voltar ao carro. 


Almoçámos e fizemos caminho para sul. Passámos por Aljezur por onde vagueamos por algumas ruas. O ano passado, quando fomos de férias em Junho, também descemos por Aljezur e visitámos o castelo, assim que este ano não fomos até lá acima, e escolhemos conhecer melhor as ruas perto da ponte. Adorei imenso alguns dos recantos, que de certo guardam histórias únicas em cada um deles. 


E acabou aí a nossa escapadinha. Metemos caminho pela autoestrada, deixámos a minha mãe em sua casa e home sweet home, para onde voltar é sempre aquela sensação boa. 

Correu bem, mas vi jeitos de nem sequer poder abalar. É que na véspera da partida até de cama fiquei. Agosto foi muito difícil para mim, um dente que me deu bastante trabalho, dores terríveis, e depois devido à medicação, foram o estomâgo e os intestinos que sofreram. Cólicas estomacais e diarreias intermináveis, e na tal da véspera, uma bela tarde inteira de febre. 

Ano Novo... hábitos velhos

Primeira semana de 2025: checked! Uma pessoa começa cheia de vontade de trocar hábitos que nos incomodam ou que achamos não estarem tão bem,...