* escrevi este texto em Fevereiro e agora descobri-o perdido nos meus rascunhos. Continua a ser verdade, a ser a minha realidade, por isso partilho-o hoje. Desde então, tenho conseguido equilibrar um pouco melhor o tempo e o saber aproveitá-lo para mim mesma, mas continuo a pensar da mesma forma. Ninguém disse que seria fácil, mas faço esforços que me acabam por compensar.
O meu filho mais novo faz 3 anos daqui a quatro meses. Por vezes, quando penso nisso, lembro-me sempre de ter visto/lido, uma vez, algures por ai, algo que dizia que a vida do casal só voltava ao "normal" quando o filho mais novo chegava aos três anos.
daqui |
O meu filho mais novo faz 3 anos daqui a quatro meses. Por vezes, quando penso nisso, lembro-me sempre de ter visto/lido, uma vez, algures por ai, algo que dizia que a vida do casal só voltava ao "normal" quando o filho mais novo chegava aos três anos.
Penso nisso e penso em nós. Realmente a mais nova, quando chegou aos três - idade que tinha quando o irmão nasceu - era uma menina que não dava trabalho nenhum, que era bastante independente. Mas daí até a nossa vida voltar ao "normal" vai um grande esticão.
É que, para mim, a vida nunca mais voltará ao "normal". A vida mudou, a vida tem de se adaptar às alterações que ter filhos traz com ela. E muitas delas são permanentes. É um facto. A vida altera-se com eles.
O meu filho, tem sido sempre uma criança cheia de energia e vida, e isso faz com que nós, pais, fiquemos a maior parte das vezes, extremamente opostos a ele: esgotados, sem energia, sem vontade, sem paciência... e quando temos um momento, somos improdutivos. Queremos descanso, muitas vezes mais da mente e das emoções do que propriamente do corpo.
Eu sei que ele vai crescer, e que um dia vou sentir saudades do tempo em que me cabia nos braços, como já sinto saudades, na certeza de se terem acabado as bochechas e refegos de bebés pequeninos cá em casa.
Mas eu sempre fui uma pessoa que está constantemente a criar. E por criar refiro-me a tanta coisa. Desde miúda, nas minhas horas solitárias, na altura forçadas e mais tarde, impostas por mim própria, aquelas horas que me faziam falta como o ar que me enche o peito ao respirar. Nessas horas, eu criava, criava quando lia, e escrevia contos saídos da minha imaginação em desenvolvimento.
E já costurava para as bonecas, mais tarde, mais velha, continuava assim, com os meus momentos. Lia, escrevia, desenhava, montava quebra cabeças, inventava e fazia jogos de tabuleiro para oferecer aos meus amigos. Comecei a costurar para mim, a experimentar coisas novas, tudo o que as minhas mãos conseguissem fazer.
Não deixei de parte tudo isto quando fui mãe, algumas coisas, sim, mas não tudo. Quando se quer muito, encontra-se sempre um espacinho de tempo para fazer o que se quer. E assim que vou encarando os dias, o "normal" de antigamente, não volta, mas tenho o "normal" d'agora, onde faço o que posso, quando posso.
O meu filho, tem sido sempre uma criança cheia de energia e vida, e isso faz com que nós, pais, fiquemos a maior parte das vezes, extremamente opostos a ele: esgotados, sem energia, sem vontade, sem paciência... e quando temos um momento, somos improdutivos. Queremos descanso, muitas vezes mais da mente e das emoções do que propriamente do corpo.
Eu sei que ele vai crescer, e que um dia vou sentir saudades do tempo em que me cabia nos braços, como já sinto saudades, na certeza de se terem acabado as bochechas e refegos de bebés pequeninos cá em casa.
Mas eu sempre fui uma pessoa que está constantemente a criar. E por criar refiro-me a tanta coisa. Desde miúda, nas minhas horas solitárias, na altura forçadas e mais tarde, impostas por mim própria, aquelas horas que me faziam falta como o ar que me enche o peito ao respirar. Nessas horas, eu criava, criava quando lia, e escrevia contos saídos da minha imaginação em desenvolvimento.
E já costurava para as bonecas, mais tarde, mais velha, continuava assim, com os meus momentos. Lia, escrevia, desenhava, montava quebra cabeças, inventava e fazia jogos de tabuleiro para oferecer aos meus amigos. Comecei a costurar para mim, a experimentar coisas novas, tudo o que as minhas mãos conseguissem fazer.
Não deixei de parte tudo isto quando fui mãe, algumas coisas, sim, mas não tudo. Quando se quer muito, encontra-se sempre um espacinho de tempo para fazer o que se quer. E assim que vou encarando os dias, o "normal" de antigamente, não volta, mas tenho o "normal" d'agora, onde faço o que posso, quando posso.
Sempre fui uma pessoa calma e sossegada, por isso , a agitação dos miúdos acaba por me esgotar mas é mesmo isso: com um bocadinho de vontade pode-se continuar a fazer as nossas coisas.
ResponderEliminarÉ preciso muita força, nuns dias mais do que noutros, o importante é manter em mente aquilo que queremos fazer e nunca deixar de tentar!
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