terça-feira, 22 de dezembro de 2020

A mim não me enganam - um ano sem ir às compras |Judith Levine|

Antes do fim do ano ainda consegui terminar mais uma leitura. Estava com pouca fé de o fazer, mas olha, lá foi. Mesmo que comece agora outro, muito dificilmente o termino antes de 2021. Mais uma vez, este foi um livro que me encontrou a mim, mais do que eu a ele. De qualquer forma, veio parar-me à mão por acaso. Uma vez que eu já tinha feito uma coisa assim, fiquei curiosa e acabei por trazê-lo comigo. 


Então, Judith e o companheiro decidiram cortar em todas as compras não essências durante um ano inteiro, e foi um desafio que aceitaram fazer juntos. O livro, é um registo, feito pela autora, dos seus sentimentos, preocupações, objetivos e afins durante a experiência. 

Por vezes era um bocadinho chato, pois entrava demasiado no tema da política, que para além de não me interessar, é uma política e modo de vida à americana, e ainda por cima de há mais de uma década atrás. Fora isso, foi interessante acompanhar o que foi mudando durante um ano, no desafio deste casal. 

Foi por estar a ler o livro que também me lancei no meu desafio dos três meses sem compras, embora o meu desafio tenha sido mais leve, mais direcionado à roupa e aos tecidos. Mal sabia eu que praticamente, o tempo para as costuras seria tão pouco. Por acaso hoje fiz uma prendinha de natal costurada, mas tirando máscaras, não me lembro de qual foi a última coisa que fiz (e mesmo as máscaras já devem ter umas duas semanas). 

Fiquei muito aquém dos desejados doze livros por ano. Este 2020 foi pior que o anterior, fiquei a sete livros do meu objetivo, enquanto que muita gente teve imenso tempo para colocar a leitura em dia durante o confinamento, eu acabei por ter muito menos tempo livro, porque onde trabalho nunca fechou, e os dias que fiquei em casa, foram para os miúdos e para costurar máscaras quando elas ainda escasseavam e eram às dezenas todos os dias. 

E agora, é esperar que 2021 seja melhor em tudo, para todos. E que eu consiga recuperar uma assiduidade nas leituras que perdi ao longo do tempo. E vocês, leram muito neste último ano?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Destes Dias #26



Anda tudo contentinho da vida, porque 2020, - este ano que todos queremos riscar do mapa - está a chegar ao fim. Abano-os ou não? Não sei, mas parece-me cá a mim que não é só porque 2020 chega ao fim que todos os males e problemas se apagam com ele. 

Não é que eu esteja a ser pessimista, será mais... realista, talvez?! Não creio que 2020 tenha sido fácil para ninguém, a todos, de uma forma ou de outra nos tem afetado. 

Estou grata porque em nossa casa, pelo menos trabalho não deixou de haver, para além daquelas duas semanas em que o marido teve de fechar o café. Pelo contrário, eu passei a ter muito mais trabalho, tanto no sítio onde trabalho fora de casa, como no meu "part-time" em casa. Ninguém muito próximo de nós - que se saiba - teve Covid, e embora com a nova realidade geral, as nossas vidas não foram assim tão balançadas. Por isso estou grata, e espero que assim continue. 

Mas outras coisas menos boas este ano também trouxe. Levou-me o meu pai e nem o pudemos acompanhar nas semanas que passou no hospital. Pelo menos a última semana esteve em casa, em família e isso também foi bem melhor que morrer sozinho no hospital, sem qualquer contato da nossa parte, porque por culpa do Covid as visitas estavam fora de questão 

Apesar do aumento de trabalho no nosso espaço, ainda fomos arranjar mais trabalho à pala de uma grande remodelação de funcionamento interno, que me trouxe mais trabalho, mais responsabilidade, mas nem por isso mais ganhos ou outras valias, levando-me ao limite e a "rebentar" numa espécie de ataque de ansiedade. 

Para terminar, o meu carrinho berrou. Foi-se. O arranjo não compensava, e ninguém me garantia que daqui a pouco tempo não fosse parar à oficina novamente. Felizmente tenho os melhores amigos do mundo (poucos, mas bons, não é assim que deve ser?!) e colocaram-me um carro à disposição para andar até resolver o meu problema. 

Nestes dias, noutros anos, andaria louquinha a fazer prendas de Natal. Este ano tenho umas duas ou três, se tanto e nem tenho muita vontade de me dedicar a isso. Nem sequer a comprar, quanto mais a fazer. Por outra parte, existem algumas pessoas a quem quero mesmo dar um miminho, e ando dividida. Enfim... como andam estes dias por ai?

Ano Novo... hábitos velhos

Primeira semana de 2025: checked! Uma pessoa começa cheia de vontade de trocar hábitos que nos incomodam ou que achamos não estarem tão bem,...