Acontece-me todos os anos. Depois das festas dos anos dos miúdos - que por sinal coincide sempre com fins de escolinhas e mais festas e tal e coiso - a minha casa acaba invariavelmente ainda mais caótica que o normal. Demoro a colocar tudo em ordem, confesso. Deixo tudo fora do lugar com esta minha mania de fazer com as mãozitas que tenho tudo o que uma festa precisa. Então tudo - ou quase vá - o resto fica ao seu abandono.
E depois são as prendas que entram. Sacos para aqui e para ali, papel de embrulho, embalagens de cartão e mais plástico. Brinquedos novos espalhados, juntam-se com os velhos que ainda não foram retirados e guardados/doados. A minha sala não parece um infantário, porque esses tendem a ser organizadinhos, parece mais um templo de putos loucos varridos dos miolos.
E eu deixo. Depois, começo a achar que já é demais, que fazer um pouco todos os dias não está a ser o suficiente, que tudo volta a ficar de pernas para o ar mais depressa do que eu consigo ir organizando. E depois... ah... depois dá-me os vipes! Mete-os a dormir cedo e só paro quando o corpo não aguenta mais.
Ontem à noite foi assim. Destralhei cozinha, corredor, casa de banho, dispensa. E soube-me tão bem meter uma série de coisas em sacos e caixas para tirar cá de casa e voltar a ver pequenas espaços vazios novamente, desimpedidos da tralha que lhes vou arrimando aos poucos.
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