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Ainda dentro da linha do último post, lembrei-me de vos falar sobre a minha preferência por artigos em segunda mão. Isto faz muita impressão à família do meu marido "ai cruzes credo canhoto, que isso era d'outra pessoa e sabe-se lá o que isso traz atrás!". E com esse pensamento os vejo a gastar, gastar, gastar! E não falo sequer pela parte monetária que o que é dos seus bolsos a mim não me diz respeito. O único problema que eu vejo aqui, é a falta de consciência desta gente.
Será que não conseguem perceber que quando jogam fora (porque também não dão a ninguém, sabe-se lá o que vão fazer com os seus objectos?! Macumba na certa!) estão a criar lixo desnecessário?! Irrita-me tanto, tanto, vocês nem imaginam. Quando os vejo a jogar fora, montes da tralha toda que vão acumulando, porque compram coisas que nem chegam a utilizar e vão para o lixo mesmo novas, sobe-me os azedos. Coisas que podiam estar em mãos de pessoas que realmente as necessitam e que se calhar não têm possibilidades de adquirir.
Isso, como já disse, dá-me nos nervos porque eu sou todo o oposto e felizmente o meu marido deixou de ser esquisitóide como os seus semelhantes há muito, muito tempo. Se preciso de alguma coisa, primeiro procuro em casas especializadas de produtos em segunda mão. Claro que tenho os meus parâmetros de exigência dentro desses produtos, mas costuma ser a minha primeira escolha.
Não me faz impressão nenhuma receber roupa usada - desde que não seja roupa interior. Confesso que com sapatos sou mais esquisita, pois cada pé é um pé para começar, por isso o sapato costuma ajustar-se ao pé do seu dono, além de que fungos nos sapatos é uma grande merda, por isso, sapatinhos em segunda mão só se ainda tiverem etiqueta e ainda assim com um tratamento antes de usar.
Aceito tudo o que me quiserem dar desde que precise dessas mesmas coisas. E tal como aceito sem problemas nenhuns, também dou. Aliás, faço parte de alguns grupos de facebook para vendas, compras e trocas, e a maior parte das vezes uso-os para oferecer coisas que já não quero. A roupa tento dar sempre a alguém que eu conheça em vez de colocar nos contentores para o efeito.
Quando não sei a quem dar certas coisas, coloco numa caixinha e deixo perto do lixo, caso interesse a alguém. Geralmente se deixo pela manhã, e vejo que à tarde já não está, fico feliz! E fico feliz por saber que apesar de eu me ter desfeito de algo, não foi parar ao lixo, não foi poluir mais um pouco. Ao invés, continua a sua vida útil, na sua forma original ou transformada. Isso leva-me ao tema da reciclagem, mas que vou deixar para outro post.
Gosto de ir à procura de tesouros em mercados de velharias, a maior parte das vezes volto de mãos a abanar, mas adoro dar umas voltas e encantar-me com os objectos que foram em tempos importantes para alguém e que agora, estão se calhar, a um canto numa arrecadação, sótão, cave ou garagem para saírem à rua ocasionalmente, a serem admirados por muitos, e quem sabe um dia, alguém lhes coloca o olho em cima e recuperam o seu valor.
E por ai? Compram artigos em segunda mão ou preferem tudo novinha em folha?
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