Afinal, o que é isso da felicidade estar nas pequenas coisas?



Muito se ouve dizer por ai que a felicidade está nas pequenas coisas, nos detalhes. Mas poucas são as vezes em que conseguimos reconhecer esses momentos até eles terem passado. Hoje foi um dia bom. Se foi por ter sido o dia da mulher? Não. Se não fosse o vizinho do lado (no trabalho) a nos desejar um feliz dia, ou a rosa craft que a minha filha me ofereceu, e que fizeram na sala dela, eu nem teria dado por ter sido dia da mulher. 

Não. A felicidade hoje esteve mascarada de pequenos apontamentos no meu dia. Saí da cama mais cedo que o normal, enviei o e-mail que me esqueci de enviar na noite anterior e que martelava na minha cabeça. Despachei-me a mim e aos miúdos a tempo e horas, com calma, ajudou terem acordado, eles também, muito bem dispostos. Cheguei ao trabalho a horas. Preguei um susto à minha colega e fartamos-nos de rir as duas. Logo ali de manhã. 

A manhã correu bem no trabalho. Tenho a felicidade de ter uma colega com quem me dou bem, com quem posso conversar descontraidamente, que trabalhamos em conjunto, e nunca uma contra a outra. Gosto de lá estar, é um facto. 

Fui buscar a princesa mais cedo. Fomos lanchar com as primas (mãe - grávida - e filha pouco mais velha que a minha). O pai juntou-se a nós numa saída adiantada do trabalho que não esperávamos. Antes de ir buscar o mais novo, deu tempo de passearmos um bocadinho com a mana, comeu um gelado enquanto nos sentámos os três num banco de jardim, conversou connosco, só ela, como antes dele nascer. 

Fomos buscá-lo, estava bem disposto, não tivemos grandes birras. Visitámos os avós no campo e a casa em construção. O srº da cozinha foi lá tirar as medidas. As coisas vão avançando... pasito a pasito como diz a letra da canção que a minha filha trauteia nos últimos dias. 

O pai voltou ao trabalho, eu fiquei em casa com os miúdos. Sempre bem dispostos, sem birras, sem traumas e dramas. Limpei o fogão a fundo, andei a ignorá-lo nos últimos dias. Coloquei as poucas peças por lavar na máquina da loiça. Enchi a máquina da roupa com lençóis. E enquanto executava estas tarefas, pensava no bem que me sentia neste dia. 

Tive noção que os últimos dias têm corrido melhor, porque me tenho esforçado um pouco mais para isso. Os últimos eventos dos meus dias, têm-me feito bem, e assim tudo se torna mais fácil. Agora vou estender os lençóis e deitar os miúdos, vou-lhes ler uma estória, enchê-los de beijos e agradecer pelos pequenos gestos, pela simplicidade e grandeza dos nossos dias. 

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