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A mostrar mensagens de 2022

03-11-1958 ----- 10-11-2022

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Aqui  já tinha falado sobre a doença súbita da minha mãe, um cancro no rim esquerdo muito agressivo. Foi diagnosticada em Julho, sujeita a uma nefrectomia a 18 de Agosto, teve alta a 24 e veio para minha casa. Entretanto ainda passou uns dias com a minha irmã, mas voltou para cá. A recuperação não estava a ser fácil e nunca deixou de sentir dores.  Durante o mês de Outubro acompanhei bem de perto como a sua saúde se deteriorava e foram dias e noites complicadas, em que as dores eram paralisantes, desesperantes... e para mim, acompanhadas de uma grande impotência.  No fim desse mês deu entrada no hospital, tão fraca e tão mal que a vi que acreditei quando me vim embora, que essa era a última vez que a via com vida. Estava com uma infeção séptica. No entanto reagiu aos antibióticos numa primeira fase. Uma semana depois, deixaram de fazer efeito e a infeção alastrou.  Um dia antes do seu 64º aniversário, a médica ligou-me para me dar essa notícia. Para me preparar para o pior. No dia do a

Natal - As minhas sugestões DIY e minimalistas I

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Esta é mais uma publicação que tinha meio escrita há mesmo muito tempo, mais precisamente para o Natal de 2016, e que fui agora resgatar e aproveitar para este próximo Natal. Parece longe, e eu mesma não gosto nada de ver as lojas repletas de produtos e decoração alusiva ao Natal a meio de Outubro - gente, ainda temos o Halloween antes, que eu tanto gosto!!! - e não me venham com o blá blá blá que não é uma tradição nossa e o raio que o parta... - Mas, a verdade é que para quem gosta de fazer as prendas para os seus amigos e familiares como eu, tem mesmo de se organizar e começar cedo. Agora; o meu dilema é sempre o mesmo. Adoro, mas adoro mesmo dar presentes, e acabam por acontecer duas coisas em paralelo:   1. gosto de os fazer, e muita gente não dá qualquer valor a coisas feitas à mão 2. cada vez mais, tento tirar tralha desnecessária da minha própria casa, e portanto, também me custa dar aos outros coisas que possam vir a tornar-se tralha com o tempo.   Pensei em como satisfazer a

cinco anos depois

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Andei para aqui a ver posts guardados em rascunhos... eram 20, nunca os cheguei a partilhar embora os tivesse iniciado. Os últimos tempos andam particularmente sensíveis por aqui e encontrar estas coisas... dá uma nostalgia...  Escrevi isto no início de Junho de 2017, o mês e ano em que a minha filha fez 6 anos, era o começo de muito mais que tinha para dizer, mas ficou assim, aquém... Ainda me lembro de ti pequenininha. Na ponta dos pés, esticavas-te muito para chegar à tomada da luz, hoje estás mais alta do que ela. É assim que vejo muitas vezes o quanto tu (e o mano) cresceram, pelos móveis, sítios e coisas cá de casa. E quando penso, onde estaremos daqui a dez anos... Inicialmente 10 anos parece muito tempo, mas não é, e em dez anos estarás uma mulher, com 16. ... não passaram dez anos, mas passaram cinco e já tanta coisa mudou. E a princesa - pequenininha - está quase do meu tamanho, já tem 11 anos. 

Destes Dias #24

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este post ficou perdido nos primórdios de morarmos nesta casa... não quis deixar de o publicar!   a minha miúda na abertura do benfica x sporting   a grinalda de luzes nova (do lidl) no meu quarto miúdos de férias. primos. casa desarrumada e feliz  mesa e cadeiras finalmente a uso. uma planta que tento que recupere quarto em processo de destralhe

Das férias de verão

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Tinha aqui um rascunho de uma publicação sobre o início das férias dos miúdos. 😅 Ah Ah Ah 😁 As férias estão por um fio já e eu nunca mais cá voltei. A verdade é que hoje já fui à reunião com a professora do mais novo, e segunda feira arrancam as aulas para ambos.  Não foi um verão fácil. Para começar com o mais leve, o pai está a trabalhar há relativamente pouco tempo num novo trabalho e como tal não teve férias, passamos todo o verão em casa. Depois, a casa da minha irmã ardeu num incêndio e para arrematar a minha mãe ficou doente e assim de uma semana para a outra foi sujeita a uma cirurgia de urgência, e cuja recuperação não está a ser propriamente pêra doce. A cirurgia foi no dia 18 de Agosto, está cá em casa desde o dia 24 pois não podia ficar sozinha.  vidros partidos, tudo preto... lá fora, parecia neve, mas era cinza...  Fizemos muito pouco com os miúdos... 😔 ... não fizemos praia nem um só dia, o que valeu aos miúdos é que eles até são mais de piscina e este ano voltámos a

...mais covid...

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São cada vez mais raras as vezes que passo por aqui para escrever sobre o que quer que seja. O mundo está louco lá fora, e nós vivemos cada dia devagar, um depois do outro, sem saber que loucura virá a seguir.  No meu mundo pessoal, também têm sido muitas as mudanças, muitas as incertezas... Muitos projetos parados a meio, em standby porque nem sempre as coisas correm como esperamos, ou pretendemos.  Hoje por exemplo, já me sinto bem e capaz novamente, mas o raio do bicho (i.e. covid) apanhou-me outra vez e andei aqui no baixa e sobe com a febre, nada a ver como estive da primeira vez. O raio do bicho veio mesmo na pior semana, em que tinha as festas de aniversário dos miúdos para preparar, a festa de fim de ano onde os miúdos atuaram os dois, e o vestido para o baile de finalistas da sobrinha por terminar. Hoje, vai ser dar corda aos sapatos para o vestido. A festa da miúda, que teria sido ontem/hoje (festa do pijama como tem feito nos últimos anos) foi adiada para daqui a um par de s

Na falta de melhor, falemos do tempo

Normalmente por esta altura do ano, já costumo ter a roupa de verão fora da arrumação e pronta a vestir. Também já costumo ter as peças mais quentes de inverno guardadas. Este ano bem vemos como as coisas têm estado a correr. Sinceramente, quando o sol sai, aquece bastante, ainda assim, quando vou para a sombra congelo.  Já vejo imensa gente de manga curta, mas porra, que uma pessoa mora numa casa que agora deu em ser um gelo, e como passo a maior parte do dia aqui, nem tempo tenho de aquecer. Depois quando ando pela rua, dá-me sempre a sensação que sou a única maluquinha com a necessidade de uma roupa um pouco mais quente.  E quando chega a noite? Quente também não é, que por cá ainda se dorme muito bem com a roupa de cama de inverno e com o pijaminha polar. OK, se calhar o pijaminha já vai sendo demais, mas o que eu quero dizer é que as noites ainda arrefecem bastante. Caramba, estamos quase a meio de Abril. Normal não se pode dizer que seja.  E eu que já ando com tanta vontade de vo

Leituras desde 2021 até aqui

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Acabei de perceber que há mesmo muito tempo que não publicava sobre os livros que tenho lido. O ano passado voltei a ficar aquém do desejado, o que pouco me agradou, assim que para este ano não coloquei mais na minha lista, o objetivo mantém-se, pelo menos um livro a cada mês e meio. Para já, está a correr bem, uma vez que este ano já li alguns, que vos deixo abaixo pela ordem que os fui lendo, com uma breve opinião dobre o mesmo.  Bairro sem Saída - Fernando Ribeiro Gostei. Já conhecia o trabalho de Fernando Ribeiro na poesia, e claro, como vocalista dos Moonspell, por isso não esperava menos do seu primeiro romance, onde nos transporta para o interior do Bairro da Brandoa, onde se acentuam as diferenças entre classes sociais, com uma escrita nua e crua, que não anda com floreados. Cativante, fácil de ler, daqueles que dificilmente se conseguem colocar de lado até terminar.  A Rapariga no Gelo - Robert Brydza Este foi o primeiro romance do autor que li. Não conhecia - isto é - conheci

Guerra

Queria que os motivos que me trouxessem aqui hoje fossem felizes. Mas não são. Desde a última quinta feira que me sinto mal, pequenina, insignificante e aterrorizada.  Como assim? Como uma guerra como esta que tem lugar nesta Europa?! Em 2022. Como é que não se aprende nada com a história? Como? Não consigo ficar indiferente, não consigo tirar o pensamento desta porcaria o dia inteiro. O choque inicial do primeiro dia deixou-me fisicamente doente.  Ainda há coisa de um ano, lia um livro que descrevia o cenário de guerra em Sarajevo... sobre esse livro, escrevi... Há passagens tão brutais que dei por mim a suster a respiração, a ter que fazer uma pausa, engolir um suspiro ou outro em seco, para poder continuar. Lembrei-me muitas vezes de ser menina e ouvir falar desta guerra. Dos horrores que era uma guerra, e de ficar aterrorizada porque cheguei a ouvir o barulho ensurdecedor de (penso eu que eram) caças a sobrevoarem-nos. Na altura morava em Espanha, e não me perguntem porque conseguí

Destes Dias #29

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Acabo de perceber que ainda não inaugurei o ano aqui no blogue. Como vos está a correr 2022, brincando, brincando, mais de mês e meio já foi. Se calhamos a distrair-nos a olhar para o lado, daqui a nada estamos no verão. Oh, o verão não digo, que nunca fomos grandes amigos, mas já calhava bem uns dias de primavera quentinhos =)  O ano vai indo, tenho separado algum tempo para estudar (modelagem), é o meu calcanhar de Aquiles quando falamos de costura. Na realidade, são coisas distintas complementares, e apesar de me desenrascar bem a modificar moldes pré feitos, há muito que quero ser capaz de criar qualquer peça que imagine do zero. No entanto, nunca me dispus realmente a aprender, aprofundar conhecimentos até agora. Dei os primeiros passinhos o ano passado, mas agora lancei-me.  Tenho lido, vou no segundo livro, portanto dentro do planeado. O primeiro devorei-o num par de dias, o segundo está a ser interessante, mas fiz uma pausa nas leituras durante uns dias e agora mais recentemen